QE-1 - Esquadrão Harpia

 

No dia 31 de maio de 2019, o Comando da Força Aeronaval ativou o Grupo Executivo de Aeronaves Remotamente Pilotadas (GEARP), que funcionou provisoriamente no hangar do Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1 Falcão), na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), no Rio de Janeiro. O GEARP estava composto por 12 militares, sendo um de cada especialidade da aviação, com o objetivo de estudar o emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) na Marinha do Brasil e preparar o caminho para a criação do Primeiro Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas de Patrulha e Vigilância (QP-1). Com o término do trabalho do GEARP, a denominação da futura Unidade foi alterada e foi criado o Núcleo de Implantação do Primeiro Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (NI-EsqdQE-1).

No dia 23 de março de 2022, o NI-EsqdQE-1 começou a receber o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas Embarcado (SARP-E) Insitu-Boeing RQ-1 ScanEagle, de fabricação norte-americana, com o primeiro lançamento sendo realizado no dia 27 de junho.

No dia 05 de julho, foi ativado o Primeiro Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (QE-1), Esquadrão Harpia, compartilhando o hangar do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Antissubmarino (HA-1 Lince), na BAeNSPA. Subordinado ao Comando da Força Aeronaval, o QE-1 tem o propósito de contribuir com o processo decisório de planejamento e emprego do Poder Naval por meio da utilização de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), aumentando a capacidade operacional dos navios da força naval durante missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento.

O símbolo do QE-1 é a harpia, uma das maiores aves de rapina do mundo e que habita a região da Amazônia e Mata Atlântica. O seu lema é "Do oculto, esclarecer e Identificar!"

Aeronaves

O Insitu-Boeing RQ-1 ScanEagle é uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) lançada por uma catapulta pneumática Compact Mark 4 e recolhida pelo sistema SkyHook, utilizando um dispositivo na ponta de suas asas que dispensa o uso de redes. A versão básica pode levar uma câmera eletro-óptica ou uma infra-vermelha numa torre giroestabilizada, enquanto a versão Dual possui um equipamento com dupla capacidade para uso diurno e noturno, não necessitando de reconfiguração. As duas versões possuem o sistema de processamento de imagens IVES (Insitu Video Exploiation System), autonomia acima de 18 horas, alcance de 100 km a partir do centro de controle, teto operacional de 19.000 pés, velocidade de cruzeiro de 60 nós e velocidade máxima de 80 nós. A navegação é autônoma por GPS (Global Positioning System), o comprimento é de 1,71 m e a envergadura de 3,10 m, com peso vazio de 14 kg e peso máximo de decolagem de 25 kg.

A Marinha do Brasil adquiriu seis RQ-1 ScanEagle (matriculados N-8001 a N-8006), dois lançadores (um para uso terrestre e outro para uso embarcado) e dois recolhedores (para uso terrestre ou embarcado), com seus respectivos módulos de controle para emprego diurno e noturno. Entre as missões que podem ser realizadas, estão as de Controle Naval do Tráfego, Inspeção Naval, Prevenção de Ilícitos, Pirataria, Terrorismo, Monitoramento de Desastres Ambientais e Busca e Salvamento.

Fonte: SPOTTER / Defesa Aérea & Naval / Comando da Marinha

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