5º/8º GAv - Esquadrão Pantera

 

Sediado na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAv), conhecido como Esquadrão Pantera, é originário do Quinto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (5º EMRA), que foi criado com a finalidade de atender a evolução da Força Aérea Brasileira na aviação de Operações Aéreas Especiais. A Unidade foi prevista pelo Decreto nº 66.314, de 13 de março de 1970, sendo ativado pela Portaria nº R-014/GM3, de 19 de julho de 1971, com a criação e a ativação do Quarto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (4º EMRA), o primeiro esquadrão desse tipo formado na FAB.

No dia 11 de agosto de 1971, a nova unidade começou a receber as suas primeiras aeronaves Bell UH-1D Iroquois e Bell OH-4 Jet Ranger, oriundas do então Centro de Instrução de Helicópteros (CIH), que era baseado na cidade de Santos, Estado de São Paulo. O 4º EMRA estruturava-se, então, com três esquadrilhas: a Primeira Esquadrilha e a Terceira Esquadrilha eram compostas com o pessoal e o material do 1º ERA e elementos e algumas aeronaves da 3ª ELO, sediadas, anteriormente, na Base Aérea de Canoas, também no Rio Grande do Sul. A Segunda Esquadrilha, como visto acima, foi composta com o pessoal e o material do CIH. Com a junção dessas três esquadrilhas, somam-se também as suas tarefas operacionais de combate e respectivas missões, ou seja, as Operações Aéreas Especiais.

Com pouco mais de 3.000 horas de vôo e um ano de intensa atividade, o 4º EMRA, através da Portaria R-025/GM3, de 10 de novembro de 1972, teve a sua denominação alterada para Quinto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (5º EMRA), seguindo a filosofia de que esse tipo de unidade seria numerada de acordo com a Zona Aérea que ele estava localizada, ou seja, a 5ª ZAé sediaria o 5º EMRA.

Como 5º EMRA, a Unidade viveu um período de importantes operações e muitas realizações, formando um grande número de equipagens operacionais, tomando parte da maioria dos acontecimentos que envolveram a FAB nessa época, como as Manobras Reais de 1976, 1977 e 1978. Quase oito anos após a sua ativação e com mais de 47.000 horas voadas, o 5º EMRA, atendendo o contido na Portaria R-239/GM3, de 9 de setembro de 1980, é desativado e transformado no Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAv), permanecendo, contudo, com a responsabilidade pela execução da mesma missão operacional e permanecendo nas instalações da Base Aérea de Santa Maria.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Santa Maria foi desativada e passou a fazer parte da Ala 4, sediando o 5º/8º GAv Esquadrão Pantera, o 1º/10º GAv Esquadrão Poker, o 3º/10º GAv Esquadrão Centauro e o 1º/12º GAv Esquadrão Hórus.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

Diversas aeronaves foram empregadas pelo Esquadrão Pantera desde a sua criação: Cessna L-19A/E Bird Dog, Bell OH-4 Jet Ranger, North American T-6D/G Texan, Neiva L-42 Regente ELO, Bell UH-1D Iroquois, Embraer AT-26 Xavante, Neiva T-25A/C Universal e Embraer U-7 Seneca, para transporte leve e ligação. Em 1979 começaram a ser utilizados os helicópteros Bell UH-1H Iroquois, apelidados internacionalmente de “Huey” e conhecidos na FAB como “sapão”.

A partir de 1997, a unidade foi equipada com os Bell UH-1H oriundos de um lote adquirido junto ao governo americano e que operavam na Europa, motivo pelo qual vieram dotados de pintura especial e iluminação de painel diferenciado, que permite a sua operação com os óculos de visão noturna (NVG - Night Vision Goggles), propiciando um enorme leque de missões do Esquadrão Pantera durante a noite. Em 2006 a FAB alterou a designação de todos os seus helicópteros, retirando a letras C e U do nome, dessa forma, o Bell UH-1H passou a ser Bell H-1H Iroquois.

No final de fevereiro de 2011, chegaram em Santa Maria os dois primeiros Sikorsky H-60L Black Hawk, com as matrículas FAB-8907 e 8908. Os primeiros pilotos e mecânicos foram formados pelo 7°/8° GAv em Manaus, que opera o mesmo tipo de aeronave. Com a chegada do Black Hawk, começou uma nova etapa na história do 5º/8º GAv, que passou a contar com um vetor moderno e capaz de atender ao variado leque de missões sob sua incumbência.

Os Sikorsky UH-60L Black Hawk da Força Aérea Brasileira estão equipados com dois motores General Electric T-700-GE-701C com supressores de calor nos escapamentos, radar Texas Instruments AN/APQ-174 e podem ser armados com duas metralhadoras General Electric M134 Minigun calibre 7,62 mm com seis canos instaladas nas janelas de ambos os lados.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER / Aparecido Camazano Alamino

.

.

RETORNAR

.

.

.

.