1º/14º GAv - Esquadrão Pampa

 

O Esquadrão Pampa tem suas origens no Terceiro Regimento de Aviação (3º RAv), da antiga Aviação Militar do Exército, criado na cidade de Santa Maria no dia 13 de dezembro de 1933 e transferido para a cidade de Canoas em 05 de agosto de 1937, ambas no Rio Grande do Sul. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, e através do Decreto Lei nº 2.961, o 3º RAv foi incorporado às Forças Aéreas Nacionais, as quais passaram a se denominar Força Aérea Brasileira em 22 de maio de 1941.

Em 17 de agosto de 1944, o 3º RAv passou a ter duas Unidades Operacionais: o Primeiro Grupo de Bombardeio Leve (1º GpBL) e o Terceiro Grupo de Caça (3º GpCa), sendo criado o Quarto Grupo de Caça (4º GpCa), também em Canoas, no dia 10 de dezembro de 1945. Com as mudanças na estrutura operacional da FAB durante o pós-guerra, em 24 de março de 1947 o 3º RAv passou a denominar-se Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAv), herdando o acervo e a infra-estrutura do 3º GpCa e do 4º GpCa.

O símbolo do Esquadrão Pampa mostra o Zé Gaúcho (inspirado no papagaio Zé Carioca) vestido com macacão, capacete de voo e cachecol em torno do pescoço, cuia de chimarrão e chaleira, recostado sobre uma bomba de emprego geral em ângulo de bombardeio picado. No seu colo, uma metralhadora "ponto cinquenta" daquelas que o Curtiss P-40 usava. Sobre uma nuvem está escrito o seu lema: "Já te atendo, tchê!"

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Canoas foi desativada e passou a fazer parte da Ala 3, sediando o 1º/14º GAv Esquadrão Pampa, o 2º/7º GAv Esquadrão Phoenix (anteriormente sediado na Base Aérea de Florianópolis) e o 5º ETA Esquadrão Pégaso.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

As primeiras aeronaves utilizadas foram os bimotores Douglas A-20K Havoc e os monomotores Curtiss P-40 Warhawk, nas versões E, K, M e N, ambos de fabricação norte-americana. Em 1954, os P-40 foram substituídos pelos jatos Gloster Meteor, fabricados na Inglaterra, nas versões monoplace F-8 e biplace TF-7, tendo a primeira esquadrilha chegado em Canoas no dia 24 de setembro. Os Gloster F-8 e TF-7 Meteor foram desativados em 30 de novembro de 1966, recebendo no mesmo ano os Lockheed TF-33 T-Bird de fabricação norte-americana. Com a introdução do Embraer AT-26 Xavante na FAB, todos os TF-33 restantes passaram a ser utilizados pelo 1º/14º GAv, até a sua completa desativação em dezembro de 1975.

Os primeiros Northrop F-5E Tiger II do Esquadrão Pampa chegaram em 26 de novembro de 1976, provenientes do 1º Grupo de Caça, com camuflagem em dois tons de verde e um de castanho. Em outubro de 1988 essas aeronaves começaram a retornar para o 1º Grupo de Caça, na medida que o Pampa recebia os vinte e dois F-5E e quatro F-5F oriundos dos Estados Unidos, onde eram utilizados como aeronaves de treinamento de combate aéreo na USAF.

O Northrop F-5E Tiger II é um caça tático de defesa aérea e ataque ao solo, equipado com dois motores General Electric J85-GE-21 (velocidade máxima de 1.960 km/h), dois canhões Pontiac Colt M-39A3 calibre 20 mm e capacidade de levar diversos modelos de mísseis, bombas e foguetes. A versão biplace F-5F Tiger II foi desenvolvida para missões de treinamento avançado, possuindo as mesmas características e capacidades da versão monoplace.

Os F-5E e F-5F da Força Aérea Brasileira foram modernizados para F-5EM e F-5FM através de um programa de revitalização desenvolvido pela Embraer, que ampliou em muito as capacidades de navegação e emprego de novos armamentos, inclusive bombas guiadas e mísseis israelenses Python IV e Derby.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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