3º/7º GAv - Esquadrão Netuno

 

Através do Decreto nº 22.802 e seguindo a nova organização da Força Aérea Brasileira, no dia 24 de março de 1947 foi criado o Sétimo Grupo de Aviação (7º GAv), sediado em Salvador, na Bahia. No dia 08 de novembro do mesmo ano, foi criado o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAv), conhecido como Esquadrão Orungan. O 7º GAv operou inicialmente aeronaves Lockheed PV-1 Ventura e PV-2 Harpoon, recebendo em seguida os North American B-25J Mitchell. No dia 30 de dezembro de 1958, chegaram treze aviões Lockheed P-15 Netuno para formar o Grupo Anti-Submarino, iniciando suas operações em 1959 e voando até o dia 03 de setembro de 1976.

No dia 27 de setembro de 1990, foi criado o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAv), conhecido como Esquadrão Netuno, sediado em Belém, no Pará. A nova Unidade estava subordinada à Segunda Força Aérea (II FAe) e, além de realizar o patrulhamento do litoral, recebeu a incumbência de patrulhar a foz do rio Amazonas, com suas dezenas de ilhas e extensas regiões alagadas. Em colaboração com a Marinha e o Exército, o Esquadrão Netuno é um dos instrumentos de defesa dessa estratégica região.

O nome do 3º/7º GAv foi inspirado no deus mitológico Netuno. De acordo com a tradição romana, Netuno é o soberano de todos os mares e filho de Saturno, o protetor dos navegantes. O Esquadrão Netuno é o guardião dos mares no litoral Norte e proporciona proteção aos navegantes da região.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Belém foi desativada e passou a fazer parte da Ala 9, sediando o 3º/7º GAv Esquadrão Netuno, o 1º/8º GAv Esquadrão Falcão e o 1º ETA Esquadrão Tracajá. No dia 22 de janeiro de 2018 o 1º/8º GAv Esquadrão Falcão foi transferido para a Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

Assim como o 2º/7º GAv, o principal motivo para a criação do 3º/7º GAv foi a pequena autonomia do Bandeirante Patrulha. O Esquadrão Netuno foi ativado para operar a versão P-95A na região Norte do Brasil, equipada com um radar de busca Eaton AN/APS-128 Super Searcher, equipamentos de comunicação e fotográficos, MAE, EW, ELINT e SIGINT. O armamento é composto por quatro lançadores SBAT-70/7 ou quatro foguetes SBAT-127 instalados sob as asas.

Com a entrada em serviço dos quadrimotores Lockheed / CASA P-3AM Orion no Esquadrão Orungan, alguns P-95B que voavam em Salvador foram repassados para o Esquadrão Netuno. Em 2016 o 3º/7º GAv começou a receber o P-95BM, a versão melhorada do Bandeirante Patrulha. Equipado com o moderno radar Selex Seaspray 5000E, que permite a detecção de alvos marítimos em distâncias superiores a 350 km, painel de instrumentos com quatro telas digitais, modernos sistemas de comunicação, navegação e sistemas de guerra eletrônica, o P-95BM vai aumentar sensivelmente a capacidade operacional do Esquadrão Netuno.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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