HS-1 - Esquadrão Guerreiro

 

O Primeiro Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (HS-1) foi criado através do Decreto nº 55.627 de 26 de janeiro de 1965, que estabeleceu normas para o emprego de meios aéreos para as operações navais, reformulando a Aviação Naval e restringindo o emprego de aviões apenas à Força Aérea Brasileira, tendo como conseqüência o Aviso nº 0830 de 28 de maio de 1965, que determinou a ativação imediata do HS-1 na Base Aérea de Santa Cruz, sendo posteriormente transferido para a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA) no dia 07 de julho de 1965.

A missão básica do HS-1 é "Prover os meios necessários para detectar, localizar, acompanhar e atacar submarinos e alvos de superfície, a fim de contribuir para a proteção de nossas Forças Navais", mas realiza também tarefas secundárias, tais como: evacuação aeromédica, busca e salvamento, transporte aéreo logístico, lançamento de paraquedistas, infiltração e exfiltração de Fuzileiros Navais e Mergulhadores de Combate.

O lema do HS-1 é "Ad astra per aspera", que significa "É árduo o caminho para os astros", representando as dificuldades da vida diária a bordo e as agruras a serem transpostas para se alcançar as qualificações necessárias ao desempenho eficaz em missões de busca e ataque contra submarinos em qualquer tempo.

Aeronaves

As primeiras aeronaves do HS-1 foram quatro helicópteros Sikorsky SH-34J Sea Horse, que pertenciam ao Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação Embarcado (2º/1º GAE) da FAB, tendo recebido a denominação de SH-1 e a denominação carinhosa de "baleias". Foram utilizados no HS-1 até 1974.

No dia 28 de abril de 1970, a Marinha recebeu os primeiros Sikorsky SH-3D Sea King. Anteriormente utilizados pela US NAVY, esses helicópteros vieram a bordo do porta-aviões USS América e portavam as matrículas N-3007, N-3008, N-3009 e N-3010, passando a operar no porta-aviões Minas Gerais no mesmo ano. Nos anos seguintes, chegaram o N-3011 e o N-3012. Em 1984, a Marinha recebeu quatro Sea King fabricados pela empresa italiana Agusta, os quais foram denominados SH-3A, recebendo as matrículas N-3013, N-3014, N-3015 e N-3016. Em 15 de janeiro de 1987, os SH-3D Sea King N-3007, N-3010, N-3011 e N-3012 foram enviados para a Itália e modernizados pela Agusta, retornando ao HS-1 em maio de 1988. Essas aeronaves receberam melhoramentos que possibilitaram o uso de mísseis AM-39 Exocet e passaram a ser designadas SH-3A. Em 13 de maio de 1996, a Marinha recebeu mais seis aeronaves Sikorsky SH-3 Sea King, também ex-US NAVY. Portavam as matrículas N-3017, N-3018, N-3019, N-3029, N-3030, N-3031 e passaram a ser denominadas SH-3B.

O Sea King era um helicóptero bimotor projetado para operação naval sob qualquer condição de tempo, com autonomia superior a cinco horas. Os SH-3B brasileiros estavam equipados com o sonar AQS-18V para acompanhamento e ataque a alvos de superfície ou submersos. Os SH-3A, após serem modernizados na Itália em 1996, tiveram seu poderio bélico incrementado com a instalação dos equipamentos necessários ao lançamento do míssil AM-39 Exocet. Além dos mísseis, as aeronaves eram capazes de carregar armamentos para atacar submarinos, tais como torpedos e bombas de profundidade.

No dia 30 de julho de 2012, a Marinha recebeu os dois primeiros helicópteros Sikorsky S-70B Seahawk, novos de fábrica e denominados MH-16 Seahawk. Essas aeronaves chegaram no Aeroporto de Cabo Frio, Rio de Janeiro, trazidas por um cargueiro Boeing C-17A Globemaster III da USAF. Com a incorporação ao HS-1 no dia 23 de agosto, os SH-3A e SH-3B começaram a ser desativados.

O MH-16 Seahawk operado pelo HS-1 é uma versão do MH-60R da US NAVY, modificada para realizar missões ASW (Guerra Antissubmarinos) e ASuW (Guerra Ar-Superfície). As aeronaves contam com um sonar de mergulho L3 Communications DS 100 HELRAS, torpedos Alliant Techsystems Mk.46, cargas de profundidade, radar Telephonics AN/APS-143C(V)3 e mísseis Kongsberg AGM-119B Penguin Mk.2 de guiagem passiva por infravermelho. A sua aviônica é de última geração, garantindo mais segurança e eficiência nas missões. Sob o nariz, uma torreta giratória equipada com FLIR, TV, telêmetro e designador laser proporciona alta capacidade de localizar e atacar alvos durante o dia ou a noite, mesmo sob mau tempo. Para sua defesa, o MH-16 possui equipamentos RWR, ESM, MAGE, lançadores de chaff e flare, além de uma metralhadora instalada em um suporte removível, atirando pela porta principal.

Em 2016 a Marinha do Brasil alterou a designação do Seahawk de MH-16 para SH-16, sem alterar seus equipamentos e cumprindo as mesmas missões.

Fonte: SPOTTER / Comando da Marinha

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