6º ETA - Esquadrão Guará

 

Os Esquadrões de Transporte Aéreo foram criados em 12 de maio de 1969, pela Portaria R012/GM3, com o objetivo de descentralizar as operações do Comando de Transporte Aéreo (COMTA) e realizar missões de transporte aeroterrestre, logístico, lançamento de cargas, evacuação aeromédica, humanitárias e de socorro a vítimas em casos de desastres naturais, atuando subordinados diretamente a cada Comando de Zona Aérea (COMZAE) onde estavam baseados. A partir de 1986, as Zonas Aéreas foram redenominadas Comandos Aéreos Regionais (COMAR).

Sediado na Base Aérea de Brasília, Distrito Federal, o Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA), Esquadrão Guará, estava subordinado diretamente ao VI COMAR, realizando suas missões na Região Centro-Oeste do Brasil, compreendendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e o Distrito Federal. Além das missões normais dos ETAs, o Esquadrão Guará realiza missões de transporte de autoridades em parceria com o GTE, estando subordinado operacionalmente ao Gabinete do Comandante da Aeronáutica (GabAer).

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Brasília foi desativada e passou a fazer parte da Ala 1, sediando o 6º ETA Esquadrão Guará e o Grupo de Transporte Especial (subordinado ao Gabinete do Comandante da Aeronáutica).

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

Quando foi criado, o Esquadrão Guará utilizava os bimotores Beechcraft U-45T, Douglas C-47 Dakota e os monomotores Neiva U-42 Regente, recebendo logo após os bimotores Beechcraft Queen Air, denominados C-8 na FAB e utilizados até 1973. Os Embraer U-7 Seneca foram usados entre 1977 e 1993. Os Embraer C-95 Bandeirante chegaram em 1973, sendo substituídos posteriormente pelos C-95C, bem mais modernos e eficientes. Os Embraer VU-9 Xingu recebidos em 1978 foram elevados para o padrão Xingu II em 1983 e os primeiros Embraer VC-97 Brasília chegaram em 1988. Em 2009 o Esquadrão Guará recebeu um monomotor Cessna C-98A Grand Caravan.

Em junho de 2010 os últimos VU-9 Xingu foram desativados e em 2012 os C-95C começaram a ser transferidos para outras Unidades. Nesse mesmo ano chegaram os Gates VU-35A Learjet, que antes operavam no GTE. Em 2013 começaram a chegar os primeiros Bandeirantes modernizados e o Esquadrão Guará deixou de realizar missões de transporte VIP com os VC-97 Brasília (brancos), passando a operar apenas com a versão cargueira C-97 (cinza). A frota de C-97 é composta por alguns VC-97 modificados e alguns cargueiros puros, vindos de outras Unidades. Em 2014, os VU-35A tiveram suas designações alteradas para U-35A, mas continuaram voando missões VIP. Equipados com dois motores Garret TFE 731-2 com 1.588 kg de empuxo cada, os U-35A tinham velocidade máxima de 950 km/h, autonomia de 3.200 km e podiam transportar até oito passageiros mais a tripulação. Foram desativados em abril de 2020, com a entrada em operação dos primeiros Embraer U-100 Phenom.

Os C-95BM e C-95CM Bandeirante estão equipados com duas turbinas Pratt & Whitney PT-6A-34 com 750 shp cada, tem velocidade máxima de 452 km/h e autonomia de 1.900 km com peso vazio de 3.400 kg e peso máximo de decolagem de 5.600 kg. O comprimento é de 15,33 metros e a envergadura de 14,22 metros. A versão M possui aviônica modernizada, novos sistemas e ar-condicionado.

O Embraer C-97 Brasília está equipado com duas turbinas Pratt & Whitney PW-118 com 1.850 shp cada, tem velocidade máxima de 556 km/h e autonomia de 1.750 km com trinta passageiros, peso vazio de 7.580 kg e peso máximo de decolagem de 11.500 kg. O comprimento é de 20,02 metros e a envergadura de 19,78 metros.

O Cessna C-98A Grand Caravan está equipado com uma turbina Pratt & Whitney PT-6A-114A com 675 shp, tem velocidade máxima de 341 km/h e autonomia de 2.000 km, peso vazio de 1.748 kg e peso máximo de decolagem de 3.630 kg. O comprimento é de 10,72 metros e a envergadura de 15,88 metros.

No dia 14 de novembro de 2018, o Bombardier (Gates) U-55C Learjet FAB-6100, operado anteriormente pelo GTE, foi recolocado em operação e entregue para o Esquadrão Guará. Essa aeronave estava equipada com dois motores Garret TFE 731-3A-2B com 1.700 kg de empuxo cada, com velocidade máxima de 871 km/h e autonomia de 4.100 km, transportando até dez passageiros mais a tripulação. No dia 29 de novembro de 2023 o FAB-6100 foi retirado de serviço e entregue para a SEGOV (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) do Mato Grosso do Sul, para ser utilizada no transporte do governador e demais autoridades.

No dia 23 de outubro de 2019, o Esquadrão Guará recebeu os dois primeiros Embraer U-100 Phenom, matriculados FAB-3701 e FAB-3702, para realizarem o transporte aerologístico e missões TOTEQ (Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipe), substituindo os Gates U-35A Learjet. O U-100 está equipado com dois motores Pratt & Whitney PW-617E, tem velocidade máxima de 722 km/h e autonomia de 2.180 km, podendo transportar até cinco passageiros mais a tripulação. O comprimento é de 12,80 metros e a envergadura de 12,30 metros, com peso vazio de 3.190 kg.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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