3º/3º GAv - Esquadrão Flecha

 

O Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação, o Esquadrão Flecha, foi criado no dia 11 de fevereiro de 2004 na Base Aérea de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, absorvendo parte do efetivo e aeronaves da extinta Segunda Esquadrilha de Ligação e Observação (2ª ELO), da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Apesar disso, a sua criação não foi apenas uma mudança de nome, mas o surgimento de um Esquadrão de Caça, com missões e características muito diferentes da 2ª ELO.

Uma das missões mais importantes do Esquadrão Flecha é a vigilância da fronteira oeste do Brasil, uma imensa região aérea que abrange as fronteiras com o Paraguai e Bolívia, complementando o trabalho do 1º/3º GAv - Esquadrão Escorpião de Boa Vista, em Roraima e o 2º/3º GAv - Esquadrão Grifo, de Porto Velho, em Rondônia, que também atuam no patrulhamento aéreo das fronteiras brasileiras. A atuação do Esquadrão Flecha é em conjunto com outras Unidades da FAB, principalmente o 2º/6º GAv Esquadrão Guardião, sediado na Base Aérea de Anápolis e que opera as aeronaves Embraer E-99 e R-99, equipadas com radares para alerta aéreo antecipado, além do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Jaraguarí (DTCEA-JGI), que possui um radar de solo com grande alcance. Também são feitos trabalhos com outros órgãos, como a Polícia Federal e a Polícia Civil, atuando no combate a voos ilícitos. Outra importante missão do Esquadrão Flecha é a de ser uma Unidade de Formação de Líderes de Esquadrilhas de Caça da Força Aérea Brasileira.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Campo Grande foi desativada e passou a fazer parte da Ala 5, sediando o 3º/3º GAv Esquadrão Flecha, o 1º/15º GAv Esquadrão Onça e o 2º/10º GAv Esquadrão Pelicano.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

O Esquadrão Flecha iniciou as suas atividades operando aeronaves Embraer T-27 Tucano e a sua versão de ataque ao solo A-27 Tucano, anteriormente denominada AT-27 Tucano. Os Tucanos deixaram de cumprir suas missões nos últimos meses de 2008, mas apenas no final de março de 2009 as duas últimas células deixaram a Base Aérea de Campo Grande. As aeronaves foram desmontadas e embarcadas num Lockheed C-130H Hercules, que decolou rumo ao Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa, encerrando assim um capítulo importante na história do Esquadrão Flecha.

No dia 12 de maio de 2006, chegaram na Base Aérea de Campo Grande os quatro primeiros Super Tucanos, da versão biposto A-29B. A cerimônia oficial de entrega foi no dia 15 de maio e imediatamente o Esquadrão Flecha passou a empregar os Super Tucanos em suas missões de rotina. Desde então, a Unidade passou a receber novas aeronaves, inclusive do modelo monoposto A-29A.

O Embraer A-29 Super Tucano é uma aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado, equipada com modernos aviônicos digitais, com destaque para os dois CMFD (Colored Multi-Function Display - Telas Multi-Função em Cores), o HUD (Head-Up Display - Apresentação Visual com a Cabeça Erguida) e o UFCP (Up-Front Control Panel - Painel de Entrada de Dados Frontal), além de tecnologia HOTAS (Hands On Throttle And Stick - Mãos na Manete e Manche). O sistema de iluminação da cabine é compatível com o emprego de NVG (Night Vision Goggles - Óculos de Visão Noturna) e pode ser equipada com uma torreta FLIR (Forward-Looking Infrared - Infravermelho de Visão Frontal) AN/AAQ-22 Star SAFIRE II, além de um sistema de navegação INS/GPS integrado e sistema de rádio com comunicações criptografadas via datalink, que possibilita total segurança no envio e recebimento de dados entre as aeronaves e/ou equipamentos em terra. Tanto as versões monoplaces com as biplaces estão equipadas com duas metralhadoras FN Herstal M3P calibre .50 (12,7 mm) instaladas internamente nas asas e cinco suportes para até 1.550 kg de cargas externas, como bombas BAFG-230 (Bomba Aérea de Fins Gerais de 230 kg), bombas incendiárias de 400 libras e lançadores múltiplos Equipaer EQ-LMF-70 para sete e dezenove foguetes de 70 mm, além do casulo rebocador de alvos para treinamento de tiro aéreo.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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