1º/10º GAv - Esquadrão Poker

3º/10º GAv - Esquadrão Centauro

 

O Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv), Esquadrão Poker, foi criado no dia 24 de março de 1947 e ativado no dia 1º de abril do mesmo ano, operando inicialmente na Base Aérea de Cumbica, em São Paulo, através da Portaria 199/GM3. Em dezembro de 1978 a Unidade foi transferida para a Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ficando subordinada operacionalmente à Terceira Força Aérea.

O Esquadrão Poker é a única Unidade da Força Aérea Brasileira que tem por missão principal o reconhecimento tático. Além dessas missões, realiza missões de reconhecimento visual, fotográfico, meteorológico e estratégico, além de missões de ataque ao solo, superioridade aérea e interdição, utilizando diversos armamentos e equipamentos. Devido ao seu código-rádio Poker, as esquadrilhas que compõem o 1º/10º GAv são identificadas pelos nomes dos quatro naipes do baralho. Seu lema é: "Da Pátria, os olhos. Na guerra e na paz, Poker!"

O Terceiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (3°/10° GAv), Esquadrão Centauro, foi criado no dia 10 de novembro de 1978 para atender ao planejamento estratégico do COMGAR (Comando-Geral do Ar), que necessitava contar com uma Unidade de Emprego Aerotático na região Sul do Brasil. A cidade escolhida foi Santa Maria, no Rio Grande do Sul e inicialmente o novo esquadrão operou com os jatos de treinamento e ataque Embraer AT-26 Xavante, oriundos do 3° e do 4° EMRA (Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque).

Em janeiro de 1980, o 3°/10° GAv tornou-se uma Unidade Operacional de Caça e desde então vem cumprindo com êxito as missões destinadas à Aviação de Caça, dentro das tarefas de superioridade aérea, interdição e apoio aéreo aproximado. O símbolo do 3°/10° GAv é o Centauro, nome de uma constelação do Hemisfério Sul que mostra a imagem de um guerreiro, metade homem, metade cavalo, com sua lança em posição de ataque. A adoção desse símbolo serviu para regionalizar a Unidade, associando-a a imagem do valoroso gaúcho, muitas vezes chamado de o "Centauro dos Pampas". As esquadrilhas são identificadas com os nomes das três maiores estrelas da Constelação Centauro: Alpha-Centauro, Beta-Centauro e Gama-Centauro. As letras gregas indicativas e o número da aeronave dentro da esquadrilha eram aplicados na parte frontal esquerda das aeronaves.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Santa Maria foi desativada e passou a fazer parte da Ala 4, sediando o 1º/10º GAv Esquadrão Poker, o 3º/10º GAv Esquadrão Centauro, o 1º/12º GAv Esquadrão Hórus e o 5º/8º GAv Esquadrão Pantera.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Com o objetivo de concentrar em Santa Maria todos os Embraer/Alenia/Aermacchi A-1 do seu inventário, no dia 12 de dezembro de 2016 a Força Aérea Brasileira desativou o 1º/16º GAv Esquadrão Adelphi, então sediado na Base Aérea de Santa Cruz, e transferiu as suas aeronaves para os esquadrões Poker e Centauro. Em janeiro de 2020, as aeronaves remanescentes passaram a ser compartilhadas entre os esquadrões Poker e Centauro, que não foram extintos e nem se fundiram, permanecendo cada um com suas estruturas e doutrinas próprias, inclusive seus códigos-rádio originais, e por isso algumas aeronaves estão recebendo os dois emblemas no estabilizador vertical: o centauro no lado direito e o leão vermelho no lado esquerdo.

Aeronaves

No início de suas atividades, os esquadrões Poker e Centauro utilizaram os jatos de treinamento e ataque Embraer AT-26 Xavante. Em abril de 1998, começaram a utilizar o Embraer/Alenia/Aermacchi A-1 (nas versões monoposto e biposto), conhecido popularmente no Brasil como AMX, pois nunca recebeu um nome oficial. Fabricado pela Embraer em parceria com as empresas italianas Aeritalia (atual Alenia) e Aermacchi, o AMX surgiu em 1977 inicialmente como um programa da Força Aérea Italiana para atender a sua necessidade de um caça-bombardeiro e de reconhecimento leve, que pudesse substituir algumas aeronaves de sua frota. A Força Aérea Brasileira necessitava de uma aeronave de ataque tático e estratégico, para ocupar a lacuna existente entre os F-5E Tiger II e os F-103 Mirage, que atuavam principalmente em missões de defesa aérea.

A aeronave foi adquirida pela Força Aérea Brasileira em grande quantidade, nas versões A-1 (monoposto) e A-1B (biposto), sendo depois o A-1 modificado para a versão A-1A. A primeira aeronave foi entregue no dia 17 de outubro de 1989, matriculada FAB 5500.

No dia 03 de setembro de 2013, na fábrica da EMBRAER em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, a Força Aérea Brasileira recebeu o primeiro A-1A modernizado para a versão A-1M. A cerimônia contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, oficiais-generais do Alto Comando da Aeronáutica e funcionários da empresa. Essa primeira aeronave, matriculada FAB-5520, foi entregue ao 1º/16º GAv Esquadrão Adelphi, sendo imediatamente introduzida nas atividades da Unidade.

O A-1M tem a estrutura revitalizada e recebeu novos equipamentos, entre eles o radar multimodo Mectron/Selex Galileo SCP-01 Scipio, que proporciona a busca e o rastreio de alvos aéreos, terrestres e navais. A sua tecnologia aumenta a precisão no lançamento de armamentos, amplia a capacidade de combate ar-mar e possibilita ao A-1M o cumprimento de missões contra alvos navais. O envelope de emprego do caça foi ampliado e novos artefatos inteligentes incorporados. Na versão modernizada, a cabine e a iluminação externa foram adaptadas para serem compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (NVG).

No final de 2019, as aeronaves não-modernizadas foram desativadas e no começo de 2020 as modernizadas passaram a ser compartilhadas entre os dois esquadrões, sendo equipadas de acordo com suas missões específicas.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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